The Lost Art of Getting Lost

The Lost Art of Getting Lost


Bahia’s wild coast & a weekend at Unah Piracanga

Imagine a place before time. Before overconsumption and unnecessary development. When we built treehouses, not compounds, and kids grew up wild, freely roaming in nature. Locally grown food, products without preservatives, homes without locks, existing quietly in the jungle. Accessible only by adventure. Here is my story living in such a place and the lost art of getting lost.

Piracanga found me. Nearly every day since returning to Bahia, another sign led me to it. The instructions were simple: take a boat to the base of the peninsula, walk the beach for 7 km, then cross the mangroves. I went the next day without return plans and committed to one intention: disconnect so completely that I could hear myself, to understand why I was starting over, again.

By thirty, and with gratitude to Yoga Trade, I’ve lived many lives. Ashram discipline, island solitude, cohabitation, corporate comfort, and entrepreneurial ventures. I’ve been wild and tame; a life perfect on paper by traditional standards that left me wilting. But the past decade of adventure and evolution confirmed my desires for the next decade. That I don’t want sterile walls or endless accumulation. I want a life that feeds humanity, a love that feels like its own language, to be challenged to expand, not forced to shrink. And friendships that inspire. Not acceptance through conformity, but truth. I want nature. Fewer doors, more sky, fair exchange. To contribute to a cycle that gives back: grow food, harvest materials, raise animals, repair soil, and practice yoga and energetic exchange as a relationship.

So I turned off every device and checked into @unahpiracanga, existing with only a notepad and pen. And I let Bahia do what Bahia does.

A simple private cabin on sand, a big bed, a bookshelf, and the river right outside. No artificial light after sunset. Composting toilet and solar shower that warms in daylight. Charging stops at 4 p.m. The restaurant doubles as an event space and shala; meals are vegan, with no alcohol. It’s clean, quiet, and honest. I eat a veggie burger, batatas fritas, tea, and suco de graviola e manga. I read. I write. I fall asleep just before 8 p.m., circadian rhythm syncing to the jungle’s clock. At midnight, I step outside to pee under stars, tuck into my mosquito net, and drift.

In the morning, I lay rested and calm, as solitude arrives like a familiar knot in my gut. I sit with it. Wash my face with the natural soap gifted at check-in. Write my intention. Meditate. Café da manhã is a buffet of everything I love and nothing to overthink: fresh fruit, cassava, breads and spreads, apple-and-chocolate cake, cuscuz de milho, juice, hot chocolate, and tea. I study Portuguese with my book and some new friends, speaking slowly and listening closely. At 11:30 a.m., I have a traditional Chinese massage to address stubborn pain and blocked meridians; breath opens up behind it. I realize everyone here has lived multiple lives. Everyone is transforming. 

For lunch, I have cupuaçu and guava juice, a salad with mango dressing, a baked potato with sauce, rice, and lentils. The food is so good I think I could eat here every day. I walk the sandy path through the jungle to a bamboo gate, then into a forest of coconut palms. On high tide, crossing the river means hoisting bags overhead to reach the white sand and empty coastline. I nap in the sun, swim in the freshwater river, take a hot shower outdoors, and go back for sunset. It’s impossible not to feel restored in nature.

Unah Piracanga

(Full Portuguese interview below)

Unah, meaning “seed,” was founded in 2021 on Bahia’s Maraú Peninsula. The name reflects its purpose: to create space for people to slow down, reconnect, and grow. More than a retreat, it is a way of life, expressed through vegan meals, time in nature, community circles, and shared silence. Set where the river meets the sea, Unah cultivates a simple environment encouraging presence, sustainability, and personal transformation. The project was born from a desire to escape the speed and disconnection of city life. The founders saw Piracanga’s ecosystem, mangroves, turtles, birdsong, the meeting of river and ocean, as fertile ground for this vision, a reminder that another way of living already exists. Unah was built on the idea that yoga extends beyond the mat into every daily action.

Central to the experience is the Unah Immersion, a weekly retreat combining yoga, meditation, music, circular dance, silence, and deep contact with nature. Meals are sourced from local farmers, water is treated on-site, and chemicals are avoided. Conservation efforts also protect the surrounding land and wildlife. Regeneration here means restoring relationships, building trust, and living with coherence.

“Lord, awaken
Righteous soul, awaken
May all of mine awaken
Awaken everywhere
Play of peace
Spread light”

Piracanga is a place where you visit not to escape life, but to remember it. Unah Piracanga is a living demonstration that yoga is a way of life. Food, work, ecology, and community. Alignment and daily practices that ripple outward.

“Porque, no fim das contas, a missão da Unah é essa: lembrar às pessoas que o amor é a maior força regeneradora que existe.”

At the end of the day, love is the greatest regenerative force that exists.

Entrevista com Adriana Porchat, da Unah Piracanga

Por favor, apresente a Unah. Qual é a história de origem e o que inspirou sua fundação e moldou a visão original?

Antes de existir como lugar, a Unah já era um sonho: o sonho de que a vida poderia ser mais leve, mais presente e mais verdadeira. Em meio à correria e à desconexão das cidades, sentimos a necessidade urgente de desacelerar, de ouvir nosso próprio coração e de nos reconectar ao que realmente importa. Essa inquietação se transformou em um propósito claro: criar um espaço onde outras pessoas também pudessem se lembrar de si mesmas. Em 2021, chegamos a Piracanga e sentimos que este era o solo fértil para semear esse propósito. A palavra unah, que significa “semente”, veio como um símbolo perfeito dessa visão. A semente é o início de tudo. Ela carrega potencial e vida, mas precisa do ambiente certo para florescer. Assim é cada pessoa que chega aqui. Desde o início, sonhamos que a Unah fosse esse ambiente: um convite para desacelerar, respirar fundo, sentir o chão sob os pés, olhar para dentro e reencontrar sua própria essência. A nossa visão sempre foi guiada pela simplicidade, pela beleza das coisas pequenas e pela certeza de que, quando uma pessoa se transforma, transforma também o mundo à sua volta.

O que te atraiu pela primeira vez para a Bahia, e especificamente para Piracanga? Como a Unah se diferencia de outros espaços de retiro? Qual é a sua filosofia em relação à prática de yoga e bem-estar nesse ambiente?

A Bahia nos chamou pela força desta terra, sua ternura, sua energia viva. Quando chegamos à Península de Maraú, fomos tomados por uma sensação que misturava encantamento e pertencimento. O encontro do rio com o mar, a mata preservada, os manguezais, as tartarugas marinhas, os cantos dos pássaros ao amanhecer, tudo nos lembra que ainda existe um jeito mais natural e verdadeiro de viver. Piracanga nos mostrou que não precisávamos reinventar nada, apenas nos lembrar do que sempre esteve aqui. A Unah se diferencia porque não é apenas um espaço de retiro, mas um estilo de vida. Yoga, para nós, não é só a prática sobre o tapetinho. É a presença que se estende para cada refeição em nosso restaurante vegano, para os olhares trocados numa roda, para o silêncio ao assistir o sol se pôr. Aqui, bem-estar é sentido nos detalhes: na simplicidade, no cuidado, na consciência ecológica e comunitária que permeia cada escolha. Não oferecemos um “escape” da vida real, mas oferecemos um convite para habitá-la com mais consciência e plenitude.

Como a missão da Unah evoluiu com o tempo? Que impacto vocês esperam causar, local e globalmente, no espaço do bem-estar?

Unah nasceu para cuidar das pessoas que nos visitam, mas, ao longo do caminho, percebemos que nosso papel era ainda maior: cuidar também do lugar e das pessoas que já estavam aqui. Aprendemos que não dá para falar de bem-estar individual sem falar de bem-estar coletivo, ecológico e cultural. Hoje, nossa missão é integrar esses pilares. Queremos continuar sendo um refúgio para quem chega e, ao mesmo tempo, uma presença positiva para a comunidade local e para a natureza que nos sustenta. Sonhamos que Unah seja parte de um movimento maior, que espalha sementes de consciência pelo mundo. Queremos que cada pessoa que passe por aqui se inspire a viver de forma mais presente e sustentável em sua própria comunidade. Que perceba que sua transformação pessoal pode ser o início de um impacto maior. É assim, de dentro para fora, de pessoa para pessoa, que acreditamos que o mundo muda.

Quais são as principais ofertas da Unah e como elas se manifestam na vida diária do centro? Como os hóspedes têm respondido à experiência?

A alma da Unah é a Imersão Unah, um retiro semanal de autoconhecimento, yoga, meditação, danças circulares, música, contato profundo com a natureza e espaços de silêncio. Tudo é pensado para conduzir os participantes em uma experiência integral, em que cada atividade reforça o estado de presença e a reconexão consigo mesmo. Essa intenção transparece em todos os momentos do dia. O restaurante vegano, com alimentos frescos de produtores locais, oferece refeições cheias de cor, sabor e consciência. As práticas de yoga acontecem ao som das ondas. As rodas ao redor da fogueira revelam histórias, lágrimas e risos. Quem passa por aqui costuma dizer que viveu dias de uma verdade que não sabia mais existir. É comum ouvirmos relatos de hóspedes que voltam para suas vidas com mais clareza, leveza e coragem para escolher um caminho mais alinhado ao coração.

Como vocês se relacionam com a comunidade local de Piracanga? De que forma o trabalho da Unah busca apoiar a regeneração ecológica e cultural?

Desde o início, entendemos que a Unah só faria sentido se estivesse a serviço também de quem já vivia aqui. Priorizamos contratar colaboradores que já fazem parte da comunidade e estabelecemos parcerias com pequenos produtores locais para abastecer nosso restaurante. Participamos de iniciativas comunitárias, apoiamos projetos de educação, preservação ambiental e cultura. Essa relação de respeito e parceria é um valor que nunca abrimos mão. Cuidar da terra também é parte da nossa missão. Tratamos toda a água que usamos, não usamos produtos químicos que poderiam contaminar o rio, preservamos a vegetação nativa e apoiamos projetos locais voltados à proteção das tartarugas e manguezais. Queremos que a Unah seja exemplo de que é possível existir de forma mais responsável e que esse cuidado coletivo nos torna mais humanos.

Quais foram os maiores desafios em equilibrar os objetivos do retiro com o contexto cultural e a responsabilidade ecológica? O que esses momentos ensinaram?

Nem sempre foi fácil conciliar o sonho com a realidade. Aprender a respeitar os ritmos e limites da comunidade local e da própria natureza exigiu paciência e humildade. Já enfrentamos chuvas torrenciais, secas, escassez de recursos e mal-entendidos que nos ensinaram que cada passo precisa ser dado com escuta e intenção verdadeira. Esses desafios nos mostraram que a perfeição não existe e que a beleza está no processo. Aprendemos que regenerar não é apenas plantar árvores, mas também restaurar relações, construir confiança e agir com coerência, mesmo quando ninguém está olhando. Cada obstáculo nos fortaleceu na missão de seguir servindo com integridade.

A Yoga Trade costuma destacar colaborações alinhadas com valores. O que vocês buscam ao contratar alguém para a equipe? Vocês oferecem oportunidades de troca de trabalho ou mentoria? Se sim, como essas experiências moldaram a cultura interna ou a vivência dos hóspedes?

Acreditamos que trabalhar na Unah é mais do que executar tarefas, é viver um propósito. Por isso, buscamos pessoas com disposição para cuidar e para servir, que tragam o coração aberto e que estejam dispostas a crescer junto. Priorizamos sempre quem já vive na comunidade, reforçando nossa intenção de fortalecer os laços locais e gerar impacto positivo no entorno. Não temos programas de voluntariado ou troca de trabalho; nosso trabalho exige muita dedicação e acreditamos que essa contribuição merece ser reconhecida e remunerada de forma justa. Essa decisão reflete nosso respeito por cada pessoa que ajuda a manter a Unah viva e inspira os participantes a enxergarem que bem-estar também envolve relações justas e sustentáveis.

Qual é o próximo passo para a Unah? Vocês estão explorando novas ofertas, parcerias comunitárias mais profundas ou novas formas de praticar a sustentabilidade?

Seguimos atentos ao chamado do tempo presente, porque a Unah nunca deixou de ser um organismo vivo em constante transformação. Queremos fortalecer ainda mais nossas parcerias comunitárias, apoiar novos projetos educativos e culturais, e expandir nosso impacto através de conteúdos que possam chegar até quem não pode vir presencialmente. Continuamos sonhando com práticas cada vez mais sustentáveis e circulares, reduzindo resíduos, regenerando o solo e apoiando iniciativas ambientais da região. Queremos que a Unah siga sendo um exemplo de que cuidar de si e do mundo é uma escolha possível, urgente e transformadora.

Por fim, qual é a principal mensagem ou sentimento que vocês esperam que os visitantes levem da Unah? Que impacto vocês esperam que a Unah tenha sobre aqueles que a encontram?

Queremos que cada pessoa que passa por Unah se lembre de que já carrega dentro de si tudo o que precisa para florescer. Que sinta que a vida pode ser mais leve, mais simples e mais verdadeira do que a rotina nos faz acreditar. Que se permita viver em conexão com o coração, com o outro e com a terra. Esperamos que as sementes plantadas aqui germinem em outros lugares, em outras escolhas e em outras relações. Que a experiência de viver a Unah inspire coragem para transformar a própria vida e contribuir para um mundo mais bonito para todos. Porque, no fim das contas, a missão da Unah é essa: lembrar às pessoas que o amor é a maior força regeneradora que existe.

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Amanda Bertucci
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